segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Ouro de Zanetti acaba com “zica” da ginástica brasileira em Olimpíadas

País batia na trave desde a famosa saída do tablado de Daiane em 2004




 


O ouro de Arthur Zanetti nas argolas tem diversos significados históricos para o esporte brasileiro: demonstra a evolução em esportes antes praticamente amadores no país, reescreve a sorte do Brasil nos Jogos Olímpicos de Londres e acaba com uma “zica” da ginástica artística, que ficou famosa por bater na trave nas duas últimas Olimpíadas.
A ginástica brasileira era tida como saco de pancadas até meados da década de 90, mas começou a ganhar respeito com a geração surgida nos Jogos Pan-Americanos de Winnipeg, em 1999. Lá, foram revelados nomes como Danielle Hypolito e Daiane dos Santos, até então meninas desconhecidas do grande público.
Zanetti conquista o ouro e faz história
FOTOS: Veja as imagens do título de Zanetti
Com os resultados do Canadá, e a perspectiva de melhora da modalidade devido aos recursos vindos da lei que distribui dinheiro das loterias para o esporte, a CBG (Confederação Brasileira de Ginástica) investiu em estrutura, montou seleções permanentes em Curitiba e contratou técnicos estrangeiros, como o ucraniano Oleg Ostapenko.
O primeiro grande resultado veio em 2001, quando Hypolito foi prata no solo no Mundial de Ghent. No ano seguinte, o auge, e Daiane dos Santos faturou o primeiro título mundial brasileiro, no mesmo aparelho.
Mesmo tendo desde então conquistado outros títulos importantes com Daiane e Diego Hypolito, irmão de Danielle, além de medalhas em Mundiais com Zanetti e Jade Barbosa, a seleção brasileira de ginástica sofria com falhas importantes nos Jogos Olímpicos.
Em Atenas 2004, Daiane chegou como favorita ao solo, mas deu a sua famosa saída no tablado na final e ficou sem medalha. Quatro anos depois, em Pequim, Diego estava credenciado pelo seu bicampeonato mundial no solo, mas caiu na última acrobacia e ficou inclusive sem medalha.
O ouro de Zanetti acaba com essa sina.
A medalha também fez o Brasil subir no quadro de medalhas e brigar entre os 20 melhores países dos Jogos Olímpicos de Londres, além de quebrar a espera de nove dias desde o ouro de Sarah Menezes, no judô. Agora, o País tem dois ouros, uma prata e cinco bronzes na Grã-Bretanha.
Outro feito emblemático do ouro de Zanetti é evidenciar a evolução do esporte brasileiro. A ginástica é um dos esportes em que o Brasil possuía pouca ou nenhuma tradição até no máximo três ciclos olímpicos atrás. E agora os brasileiros já conseguem títulos mundiais e olímpicos.
Essa melhora em esportes antes pouco desenvolvidos também se observa em modalidades como pentatlo moderno e taekwondo, este último já com atleta campeã mundial e medalhista olímpica.

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