quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

Blog Juarez Desenhos rumo ao '' 1'' Milhão de acessos, como o mestre Juarez Anunciação no Jogos Olímpicos RIO 2016

Da Redação
25/02/2016

O BLOG DE JUAREZ ANUNCIAÇÃO PERTO DO  '' 1'' MILHÃO DE ACESSOS

Olà pessoal ! finalmente 2016 chegou e já estamos indo pro próximo mês. quero agradecer a todos que estiveram juntos com agente no ano de 2015. e em mais esse ano que chegou estaremos firme e fortes chegando rumo ao famoso numero de '' 1 '' Milhão de acessos. tudo isso mostra o quanto o Juarez desenhos e visto pelo Brasil e mundo. é uma legião de fãs , críticos , alunos , admiradores etc e tal que diária mente visita essa nobre pagina diariamente, fico muito feliz em saber que você estar nesse momento dedicando um estante de seu tempo para ler este meus agradecimento. Estamos preparando novidades fiquem ligados, e nesse Jogos Olímpicos vamos rumo a medalha de Ouro!



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Entrevista com a fã e coleccionadora: Elizabete Rocha (esposa de Jessé Bicodepena)

Entrevista conduzida por José Carlos Francisco.
Para começar, fale um pouco de si. Onde e quando nasceu? O que faz profissionalmente?
Elizabete Rocha: Eu chamo-me Elizabete Rocha, nasci em Minas Gerais na cidade de São Gotardo em 1976, sou professora de profissão, mas actualmente exerço a função de Coordenadora de meio ambiente na Secretaria Municipal de Meio Ambiente por ser Geógrafa, e entender de cartografia.
Quando nasceu o seu interesse pela Banda Desenhada?Elizabete Rocha: Eu sempre gostei de quadradinhos desde pequena e ajudou-me muito na leitura, com diversos personagens nas tirinhas de jornais.
Quando descobriu Tex?
Elizabete Rocha: Descobri o mundo de Tex através da paixão do meu esposo Jessé Bicodepena pelo personagem, porém quando o conheci só o ouvia comentar e sentir-se saudosista da leitura, pois ele perdeu toda a sua colecção muitos e muitos anos atrás. Então um dia fiz uma surpresa para ele comprando uma edição gigante em preto e branco que nem lembro o título, mas ele aqui ao meu lado lembra que foi a edição Gigante nº 20 “O Profeta Indígena” e alguns meses depois trouxe outra, e dessa vez uma edição do Tex Almanaque nº 38 “O matador de índios”.

Porquê esta paixão por Tex?
Elizabete Rocha: Não sei explicar direito, de repente senti-me envolvida por suas aventuras ambientadas em localidades onde ele facilmente identifica o clima, a vegetação e relevo sempre a utilizando em seu favor nos confrontos com os inimigos. Principalmente nas tácticas de guerrilha que ocorrem em seu habitat natural.
O que tem Tex de diferente de tantos outros heróis dos quadradinhos?Elizabete Rocha: Gosto de como ele valoriza a questão afectiva e as amizades.
Qual o total de revistas de Tex que você tem na sua colecção? E qual a mais importante para si?
Elizabete Rocha: Possuo somente a colecção Tex (edição definitiva) Colorida no total de 30 revistas. A mais importante é a edição nº 02 “Surge Mefisto”, e o álbum italiano lançado há pouco tempo pela Panini, mas porém contudo  toda a colecção do esposo Jessé Bicodepena que está em torno de mais de 2.000 revistas de todo acervo Bonelli é adquirida com minha autorização.

Para além de Tex que mais colecciona?Elizabete Rocha: A colecção da Julia Kendall e uma linda colecção com 37 estátuas da Betty Boop que ganhei do meu esposo.
Qual o objecto Tex que mais gosta de possuir?Elizabete Rocha: A minha colecção de Tex Colorida pois são lindas demais.
Qual a sua história favorita? E qual o desenhador de Tex que mais aprecia? E o argumentista?
Elizabete Rocha: A história é a edição nº 02 “Surge Mefisto”, desenhador o Galep e argumentista Gian Luigi Bonelli.


O que lhe agrada mais em Tex? E o que lhe agrada menos?
Elizabete Rocha: A questão da amizade e o seu código de justiça e o que menos me agrada é que ele é muito imediatista, pois não pára para descansar enquanto não solucionar o problema.

Em sua opinião o que faz de Tex o ícone que é?
Elizabete Rocha: Ele representa tudo aquilo que muita gente gostaria de ser mas não tem coragem.
Costuma encontrar-se com outros coleccionadores?
Elizabete Rocha: Muiiiiiiiiiiiito!!! Pois através do Clube Tex Brasil já fizemos várias amizades. Tivemos um encontro aqui em minha cidade em 2014, outro em São Paulo em 2015 e este último já este ano em Tangará no Sitio P.A.Z da família Pedro,  Adeniles e seu filho Zagor Bianchi, quero deixar aqui um abraço para eles e falar que já sinto saudades. Amei reencontrar o José Leonardus e sua esposa Arlete assim como Wilson Sacramento e a Viviane Ramos. Sem esquecer os demais Rangers e Lilyths que estiveram lá connosco nessa linda aventura texiana.

Para concluir, como vê o futuro do Ranger?
Elizabete Rocha: Vejo um futuro muito muito promissor, através desse movimento de divulgação e envolvimento dos leitores no Brasil. Para finalizar gostaria de ver uma história que Tex venha a encontrar um grande amor.




Prezada pard Elizabete Rocha, agradecemos muitíssimo pela entrevista que gentilmente nos concedeu.

Entrevista exclusiva: MAURIZIO DOTTI (autor convidado para a 3ª Mostra do Clube Tex Portugal, em Anadia, nos dias 23 e 24 de Abril

Entrevista exclusiva: MAURIZIO DOTTI
(autor convidado para a

3ª Mostra do Clube Tex Portugal,
em Anadia, nos dias 23 e 24 de Abril)

Entrevista conduzida por José Carlos Francisco, com a colaboração de Júlio Schneider (tradutor de Tex para o Brasil) e de Gianni Petino na tradução e revisão.
O Clube Tex Portugal realiza, em Anadia, nos dias 23 e 24 de Abril próximo a 3ª Mostra do Clube Tex Portugal e traz pela primeira vez MAURIZIO DOTTI ao nosso país, motivo mais que suficiente para esta nova entrevista do blogue português do Tex com o autor italiano que estará então presente (juntamente com Massimo Rotundo) na capital da Bairrada no fim de semana de 23 e 24 de Abril no mui nobre MUSEU DO VINHO BAIRRADA.

Caro Maurizio, mais uma vez bem-vindo ao blogue português de Tex. Você será protagonista no nosso país de uma exposição do Clube Tex Portugal, na cidade de Anadia. O que representa para si esse evento que contará com a sua presença em um país estrangeiro?
Maurizio Do
Maurizio Dotti
tti:
Inicialmente, agradeço muito pelo gentil convite para participar dessa iniciativa. É uma ocasião muito importante, não só para mim como também para a personagem que tenho a sorte de desenhar e por tudo o que ela representa. Eu sempre considerei que a notoriedade de Tex seria um facto exclusivamente italiano, e descobrir que é um fenómeno que ultrapassa as fronteiras do meu país é uma coisa que muito me impressiona.

O que convenceu Maurizio Dotti, autor de reconhecimento mundial, a aceitar um convite tão incomum?
Maurizio Dotti: Eu aprecio muito o contacto com os leitores, sejam italianos, portugueses ou de outros países, e eu reconheço-me nessa paixão porque sei que nasce do antigo fascínio pela aventura.

Tex no Paço da Graciosa em Anadia, numa deslumbrante arte de Maurizio Dotti
Você tem algum contacto com a BD feita em Portugal? Conhece algum autor como, por exemplo, E. T. Coelho, que por muito tempo morou e trabalhou na Itália, e que é considerado por muitos como o melhor desenhador de quadradinhos portugueses de todos os tempos?
Maurizio Dotti: Devo confessar que não conheço autores portugueses de BD. Eu pesquisei sobre E. T. Coelho e descobri um autor de talento, influenciado, como a maior parte de seus colegas, contemporâneos ou não, pelo estilo americano de Alex Raymond. Como não lhe dar razão?

Alargando um pouco o horizonte da entrevista, o que o convenceu a entrar para a indústria dos comics?
Maurizio Dotti: Desde a mais tenra idade eu sempre desejei desenhar quadradinhos. No final da década de 1960 eu tinha dez, onze anos e não fazia ideia do que fazer para tornar-me um autor, mas tinha a mais absoluta certeza de que realmente queria. Na época ainda não havia todas as escolas para aspirantes a desenhadores que existem hoje. O aprendizado da profissão acontecia ao se frequentar o estúdio de um desenhador profissional, quando se tinha a sorte de poder fazer isso, e era ele quem decidia se o candidato tinha o perfil da profissão. Eu passei intermináveis horas, meses, anos a desenhar com a cabeça mergulhada em folhas de desenho, a copiar de modo insistente o trabalho dos meus autores preferidos.


Maurizio Dotti no seu estúdio a desenhar Tex
Como analisa a evolução da sua carreira?
Maurizio Dotti: A evolução da minha carreira não foi linear. Os meus interesses juvenis eram o teatro e a BD e, embora pareça estranho, foi assim, afinal em ambos os casos tratava-se de contar histórias. Até os trinta e quatro anos de idade eu consegui cultivar os dois e, desde 1995, eu sou um profissional dos quadradinhos em tempo integral, para minha grande satisfação – e espero que também o seja para os meus leitores. Com muita alegria eu retornei ao faroeste, um género que desenhei muito no início da minha carreira. Eu sinto-me um grande privilegiado, faço um trabalho belíssimo que sempre desejei fazer e ainda hoje com o mesmo entusiasmo do início.
No que você está a trabalhar actualmente?
Maurizio Dotti: Em uma história de Tex escrita por Mauro Boselli que retoma uma velha personagem proposta em mais de uma história da série, Andrew Liddel, vulgo Mestre. Eu não sei quantos volumes a trama ocupará, só sei que pela primeira vez levará Tex a viver uma aventura na Nova York do século 19. Até o presente desenhei quarenta páginas.


Rio Quemado, a aventura de Mauro Boselli com desenhos de Maurizio Dotti estará exposta em Anadia
O que sentiu quando recebeu o convite para desenhar Tex?
Maurizio Dotti: Fazia tempo que se falava nisso, mas quando Boselli deu-me a notícia, eu senti muito entusiasmo. Eu senti-me carregado de carga criativa, animado por uma grande vontade de desenhar, mas também ciente da grande responsabilidade que eu assumia. Dar vida a uma personagem como Tex é um feito de fazer tremer os pulsos. Como não sentir o peso do facto de que grandes autores o desenharam antes de mim, que consolidaram a merecida e indiscutível fama que todos lhe reconhecem? Eu fui e sou muito grato a Mauro Boselli, com quem trabalho em absoluta sintonia há vinte anos, por ter-me dado essa grande oportunidade.
O que Tex representa para si e qual a importância dele na sua vida?
Maurizio Dotti: Tex representa sobretudo a grande paixão da adolescência que se transformou e se perpetuou na profissão. Eu confesso que fui contaminado pela Síndrome de Peter Pan: o adolescente e o adulto que coexistem em mim encontram no mundo da BD, e no de Tex em particular, a possibilidade, agora como artífice, de continuar a fantasiar e permitir, dentro das minhas possibilidades, que os leitores também o façam. Tex representa tudo o que todos gostaríamos de ser: vingador de injustiças, inflexível com os vilões mas capaz de muita magnanimidade. Ele encarna o destacado senso de justiça que, de forma instintiva, nós partilhamos, ainda que seja aplicado de forma rude e rápida, e talvez gostemos justamente por isso. De resto, no mundo da fantasia isso funciona muito bem.


O Tex de Maurizio Dotti
Para concluir, gostaria de deixar uma mensagem aos seus admiradores que irão a Anadia?
Maurizio Dotti: Eu tenho muito afecto por todos os meus leitores, mais ainda pelos que encontrarei em Anadia, tão distantes porém aficionados. São os leitores que, com a sua fidelidade, dão-me a possibilidade de desenvolver esta bela profissão, e sem eles não me seria possível ter o privilégio de trabalhar e viver sempre a me divertir.
Maurizio, agradecemos muitíssimo pelo tempo que nos dedicou uma vez mais