quinta-feira, 7 de setembro de 2017

Tudo o que você precisa saber antes de comprar um seminovo

Da Redação

A compra do seminovo pode ser muito vantajosa


Comprar um carro que já passou pelas mãos de outro motorista pode ser vantajoso, já que o automóvel zero quilômetro chega a sofrer até 15% de depreciação no momento em que é retirado do pátio da concessionária. Porém, a maior desvalorização costuma acontecer nos primeiros três anos de vida do veículo.
Não é preciso ser um expert em contas para perceber que optar por seminovo pode ser uma excelente escolha, principalmente em tempos de crise. No entanto, é preciso redobrar os cuidados para não transformar o sonho do seminovo em pesadelo.
Segundo o consultor automotivo André Bertoldi Reiter, do site Especialista em Carros, é essencial conhecer a procedência do veículo e saber a história do carro. “Se o antigo dono foi desleixado com a manutenção, certamente as consequências ficarão por sua conta”, alerta.

Na opinião do personal car, Rafael Salari Spitaletti, é importante estudar o mercado do veículo e fazer uma pesquisa de preços. “O próximo passo é analisar possíveis atualizações do veículo no curto e médio prazo. Depois, vale a pena filtrar as melhores opções e não sair procurando um veículo sem foco. Faça um test drive e sujeite o veículo a avaliações técnicas em funilarias e oficinas. Por fim, só transfira 100% do valor de venda após o documento único de transferência estar preenchido e com firma do vendedor reconhecida em cartório”, orienta.
Se nos veículos novos é comum fazer test drive, com usados não é diferente. “Somente rodando você poderá ouvir barulhos provenientes da suspensão, avaliar o  desempenho do motor, sentir se a direção puxa para algum lado ao soltar o volante em piso plano e vibrações no pedal de freio e volante provenientes de uma roda empenada, assim como averiguar o funcionamento dos freios”, explica André Reiter.
Rafael Spitaletti também destaca o test drive: “É importante para ter a convicção de que o veículo atende às suas expectativas, o que inclui posição ao dirigir, ergonomia dos comandos, resposta dos pedais, funcionamento do câmbio, desempenho do motor, entre outras. Além de ser essencial para identificar ruídos, barulhos, defeitos mecânicos e vícios ocultos”.
Quem não entende tanto de carro deve levar um mecânico de confiança para avaliar a compra
Quem não entende tanto de carro deve levar um mecânico de confiança para avaliar a compraThinkstock
Checklist obrigatório
O estado de conservação da pintura e do interior podem dar pistas de como o carro foi tratado. “É importante saber distinguir um carro que levou um banho de loja daquele que já chegou impecável para ser vendido, pois o primeiro certamente esconderá de olhos não treinados os descuidos cometidos pelo dono anterior”, comenta André Reiter.
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Quem não entende tanto de carro deve procurar levar um mecânico de confiança ou por um consultor automotivo que possa avaliar aspectos mais técnicos que passam despercebidos pelos olhos do motorista comum.
Segundo Rafael Spitaletti, o comprador deve ficar atento ao histórico de manutenções (preferencialmente com nota fiscal); observar o estado dos pneus para verificar se a data de fabricação condiz com a quilometragem exposta no odômetro; checar a presença de estepe, chave de roda, triângulo e macaco; analisar o desgaste do estofamento, volante e pedais para ver se condiz com a quilometragem exposta no odômetro; analisar se o motor apresenta vestígios de vazamento de óleo, água e fluídos; e por fim observar se a pintura e funilaria estão com aspecto original.
Descubra se o veículo já foi batido
Alguns detalhes podem revelar que o veículo já foi batido, como parafusos com marcas de chave (esfolados), pintura sem aspecto original e falta de alinhamento de peças. “Se o serviço foi mal feito você percebe facilmente observando diferenças de tonalidade da cor ou na textura do verniz, que dificilmente chega perto daquela feita pelos robôs da linha de montagem. Porém, se o serviço foi bem feito para se ter certeza que a pintura é original somente com uma caneta que mede a espessura da tinta. Uma pintura de fábrica tem entre 90 e 130 mícrons”, explica André Reiter.
Se o veículo estiver com um odor diferente e tapeçaria alterada, desconfie que pode ter passado por uma enchente.

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