terça-feira, 16 de julho de 2019

Grupo Record terá mais de mil horas de transmissão do Pan-Americano

A partir do dia 24 de julho, todas as plataformas do grupo estarão focadas na cobertura esportiva do evento, que ocorrerá na cidade de Lima, no Peru

Pan Lima 2019                
Equipe de Jornalismo da Record TV fará transmissão dos Jogos Pan-Americanos de Lima

Equipe de Jornalismo da Record TV fará transmissão dos Jogos Pan-Americanos de Lima

Reprodução/Record TV
O esporte será a grande estrela da programação da Record TV: a partir de 24 de julho, todas as plataformas do grupo estarão focadas na cobertura dos preparativos e na transmissão dos Jogos Pan-Americanos Lima 2019, que já ocorrem antes mesmo da cerimônia de abertura, realizada no dia 26. Uma grande operação multiplataforma foi criada para a exibição de 61 modalidades esportivas que reunirão na capital do Peru quase 7 mil atletas de 41 delegações durante os 19 dias de competição.
Até o final do evento, em 11 de agosto, a transmissão investe nas telas da televisão e também na força das plataformas digitais, consolidando o conceito transmídia da emissora. Detentora com exclusividade dos direitos em TV aberta, o Grupo Record irá exibir o evento nas telas da Record TV, da Record News e no Play Plus, somando mais de 1.000 horas de programação dedicadas às competições. O portal R7.com participará com uma ampla cobertura jornalística de Lima 2019. Há ainda estratégias de engajamento do telespectador por meio de redes sociais.
“A Record TV detém a exclusividade na televisão aberta dos Jogos Pan-Americanos e isso representa uma enorme responsabilidade, a missão de levar ao público o melhor do evento, as melhores imagens, os grandes lances, as histórias por trás de cada acontecimento. Por isso preparamos para o público uma cobertura especial, multiplataforma, planejada ao longo de quase três anos”, afirma Antonio Guerreiro, vice-presidente de jornalismo da emissora.

 
Um trabalho embasado pela longa tradição do grupo nas transmissões do Pan-Americano. A primeira experiência foi com o Rio-2007. E a partir dos Jogos de Guadalajara, em 2011, a emissora tornou-se a única emissora da TV aberta a levar ao ar com exclusividade o evento.  Depois, foi pioneira ao exibir na TV aberta os Jogos de Inverno em 2010, experiência repetida em 2014.  O ciclo olímpico inclui ainda as transmissões exclusivas de 2012, em Londres, e o histórico Jogos Olímpicos do Rio. Na tela da emissora, serão exibidas aproximadamente 50 horas de programação esportiva. As principais competições serão transmitidas em dois períodos, à tarde e à noite. Por volta da meia-noite, Cláudia Reis e Janice de Castro, irão se revezar na apresentação de um boletim com os fatos mais importantes do dia.
Um total de 350 profissionais está envolvido na operação. Deste total, 50 trabalharão em Lima. Dentre eles, as apresentadoras do Jornal da Record e do Fala Brasil, Adriana Araújo e Carla Cecato, respectivamente; os repórteres Cleisla Garcia, Bruno Piccinato, Jean Brandão, Mauro Júnior e Rodrigo Vianna; e os narradores Lucas Pereira e Marcos Leandro; além das comentaristas especialmente contratadas para o evento, Fabíola Molina (natação), Luisa Parente (ginástica) e Virna Dias (vôlei).
No Brasil, o apresentador do Balanço Geral SP, Reinaldo Gottino, se junta a Marcelo Gomes e Octávio Muniz no time de narradores.  Marcelo Romano e Mayra Siqueira também comentam os Jogos na sede da emissora, na Barra Funda, em São Paulo.
Na Record News, os narradores são Cadu Cortez, Maurício Bonato, Rafael Spinelli e Fernando Camargo. O canal transmitirá os Jogos diariamente por pelo menos 10 horas. Além disso, exibirá três vezes por dia "O Melhor do Pan", um telejornal criado especialmente para o evento, com duração de, no mínimo, 15 minutos.
PAN 2019: 900 horas de transmissão de conteúdo e a maior cobertura digital no R7 Multiplataforma
Com estratégia 360° em multiplataforma, a tarefa é reforçar que digital é estar em todo lugar, levar o usuário a vivenciar o Pan e engajá-lo nesta grande torcida. E essa foi a missão do time comandado por Claudia Caliente, diretora do R7 Multiplataforma do Grupo Record. “O Pan digital é um grande evento para todo o time da área do R7 Multiplataforma. Nosso time está envolvido para levar conteúdo para todos os nossos espectadores em todas as nossas plataformas, com uma cobertura inovadora, interativa e engajada. Os atletas que nos representarão nos Jogos Pan-Americanos merecem nossa torcida, são modalidades que nem sempre têm protagonismo. Temos 8 sinais simultâneos e mais de 900 horas de produção de conteúdo. Somamos à nossa equipe 9 comentaristas e 8 colunistas que trarão um olhar de curador para o conteúdo esportivo. Para atender, abastecer e apoiar toda esta demanda, geramos cerca de 20 vagas temporárias”, conta a executiva.
Uma estrutura especial foi montada para apoiar a produção de todo o conteúdo e ações de interatividade que serão veiculadas no HUB de vídeos do Portal R7, YouTube e PlayPlus, no portal, e, nas redes sociais do R7, Record TV, no PlayPlus e no SAC 2.0 do streaming.
Com cobertura ampliada, o R7 e o PlayPlus terão 8 sinais ao vivo, transmitindo mais de 900h de conteúdo no digital. Um estúdio abriga as 8 cabines offtube para acomodar os narradores e comentaristas contratados exclusivamente para realizar a transmissão digital no site e PlayPlus. Dentre eles estão destaques na cobertura esportiva: Carlos Lima, Estevan Ciccone, Vinicius Rodrigues, Guilherme Maia, Ricardo Bulgarelli, Plínio Rocha e Silvio Lancellotti.
Um time de apoio ficará à disposição dos colunistas e comentaristas da Record TV, em ações de interatividade na tela, e, do PlayPlus, fazendo a curadoria de conteúdo e gerando leads para redes sociais e colunas no hotsite do Pan no R7.com. Como produto exclusivo o PlayPlus, terá a íntegra de todos os esportes, além dos melhores momentos, disponíveis para assinantes do PlayPlus (R$ 12,90).
 
O PlayPlus, lançado pelo Grupo Record, é o primeiro marketplace de streaming e VoD do Brasil e oferece mais de 100 filmes em seu catálogo, além de conteúdo próprio, canais nacionais e internacionais. Além da programação e acervo da Record TV, incluindo os realities na íntegra, o PlayPlus conta com produções originais como a série “Terrores Urbanos”, canais como ESPN, Fish TV, podcasts, rádios como Transamérica, Nova Brasil, 89 Rádio Rock, entre outras.   A plataforma oferece conteúdo gratuito e vários modelos de assinaturas para até quatro perfis de usuários. O conteúdo é atualizado e transmitido em Full HD 1080p. O PlayPlus oferece pacotes que podem ser customizados pelos usuários, com conteúdo específico na modalidade de Add-On, com possibilidades de montar pacotes e programação de vídeos. O PlayPlus está disponível em www.playplus.com para smartphones dos sistemas operacionais iOS e Android.  

Lima 2019 terá medalhas com símbolos peruanos. Veja as fotos

Foram apresentadas na tarde desta quinta-feira (11) as medalhas dos Jogos Pan-Americanos de Lima, no Peru. Ao todo, serão 3.028 medalhas para o Pan-Americano e 1.913 para os atletas do Parapan-Americano       
Nas medalhas pan-americanas, estão esculpidas as imagens da pedra dos 12 ângulos de Cusco, a fortaleza de Kuélap de Chachapoyas e a figura do candelabro de Ica, locais históricos do Peru. O mesmo ocorre nas medalhas parapan-americanas, com o templo de Pachamac.

'As medalhas serão sinônimo de orgulho para a organização e para o país, pois serão entregues aos ganhadores um símbolo da 'peruanidade' que envolve o esforço de tantos peruanos e um realce à nossa história', afirmou Carlos Neuhaus, presidente do Copal (Comitê Olímpico Peruano). 


Além de Carlos Neuhaus, estiveram presentes no evento Alberto Valenzuela e Juan Antonio Silva, representantes dos Jogos de Lima 2019.

 

domingo, 14 de julho de 2019

Padre Marcelo Rossi leva empurrão e cai de palco durante celebração

Religioso estava discursando quando mulher passou por seguranças e conseguiu entrar no palco do evento. Após o susto, ele continuou a missa

Padre Marcelo Rossi é derrubado durante missa

Uma mulher ainda não identificada derrubou o Padre Marcelo Rossi do palco durante uma missa, em Cachoeira Paulista, interior de São Paulo neste domingo (14).
Durante a celebração, que tinha transmissão ao vivo pela internet, o religioso falava com os fiéis quando a agressora vem correndo por trás do padre e o empurra do local. 
O padre estava celebrando a missa de encerramento do acampamento Por Hoje Não. Cerca de 50 mil pessoas estavam presentes no evento. No momento da agressão, a transmissão ao vivo foi interrompida.
Após o incidente, Marcelo Rossi passou por um rápido exame com os paramédicos e voltou ao comando da celebração.
Pelo YouTube da TV Canção Nova, o padre disse que está bem e não sofreu ferimentos na queda.
"Estou ótimo. Fiquem tranquilos, [estou só] com umas dorzinhas. Isso é normal, não quebrou nada", disse.
Ao R7, a assessoria de Marcelo Rossi reafirmou que ele está bem e aguarda o resultado de uma avaliação médica.

Grandes momentos do Superman nos quadrinhos

Por Marcus Ramone
       

Revivendo alguns dos mais marcantes acontecimentos na vida do Homem de Aço em quase 80 anos de aventuras.

 
Uma grande experiência de vida. Isso é o que o Superman acumulou em todos esses anos de luta a favor dos fracos e oprimidos, como diz a máxima dos heróis dos gibis.
Não é à toa que o personagem tem muita história para contar. Ele já morreu, ressuscitou, ganhou um clone, virou monstro, perdeu os poderes e desenvolveu novas habilidades. E ainda sofreu as mais diversas transformações físicas, sociais, psicológicas e profissionais que se possa imaginar.
Confira, a seguir, alguns dos fatos que marcaram a trajetória do Homem de Aço nos quadrinhos e ajudaram o personagem a se manter sempre presente e ativo na memória de qualquer fã da nona arte.
11. Um beijo para ficar na memória. Quem nunca imaginou ver o Superman e a Mulher-Maravilha fazendo um par romântico? Atualmente, graças às mudanças editoriais feitas pela DC Comics com a linha Novos 52, os dois formam um casal de supernamorados. Mas o primeiro envolvimento deles aconteceu em Action Comics # 600 (no Brasil, saiu pela Editora Abril em Superpowers # 16, em 1989). A aventura, escrita e desenhada por John Byrne, prometia mostrar o “romance do século”, mas o caso amoroso não passou daquela edição. Na verdade, foi apenas uma sessão de beijos, ou melhor, superbeijos.
Por se tratar de um love affair entre alguns dos mais famosos super-heróis dos quadrinhos, o acontecimento causou bastante frisson entre os leitores na época. Dali em diante, tornou-se comum os dois personagens aparecerem casados e até com filhos em histórias de cronologia alternativa.
Cena marcante: Superman e Mulher-Maravilha flutuando no ar aos beijos e abraços. A imagem foi repetida em Justice League # 12, em 2012.
Superman e Mulher Maravilha
10. Campeão de dois universos. Na minissérie Liga da Justiça x Vingadores, lançada nos Estados Unidos em 2003 (no Brasil, em 2004, pela Panini), foi graças aos sentidos aguçados do Superman e à perspicácia do Capitão América que os heróis descobriram que havia algo errado com a realidade em que estavam vivendo. E, de uma vez por todas, o Último Filho de Krypton mostrou quem é o maior super-herói dos dois universos editoriais, destacando-se dentre os muitos protagonistas da trama e exibindo todo seu poder sem medo de ser feliz.
Cena marcante: Em pose de fúria e prontidão para a batalha, o Homem de Aço segura o escudo do Capitão América em uma mão e, na outra, o martelo Mjolnir de Thor, aquele que só quem tem alma nobre consegue empunhar.
Superman no crossover entre Liga da Justiça e Vingadores
9. Superman assassino. Quem disse que o Homem de Aço não mata? Para livrar uma Terra alternativa do domínio do General Zod e seus asseclas, o Superman se viu obrigado a usar o único artifício capaz de detê-los: assassinato. Após voltar a sua dimensão, o herói foi acometido por crises existenciais que o forçaram a se exilar no espaço por um bom tempo. A morte de Zod foi outro acontecimento dos quadrinhos que chegou ao cinema, dessa vez em O Homem de Aço (2013).
Cena marcante: De olhos fechados e cabeça baixa, Superman sofre em silêncio após matar os três vilões.
Superman assassino
8. Homem de Aço versus Homem-Morcego. Desde Davi e Golias, não acontecia uma luta como essa. Em O Cavaleiro das Trevas, obra-prima de Frank Miller que revolucionou os quadrinhos de super-heróis, Batman mediu forças com o Superman no que parecia ser um confronto desigual. Ledo engano. O embate homérico, no final da minissérie, foi o clímax da trama. O Homem-Morcego saiu todo alquebrado e foi dado como morto; o Homem de Aço também não saiu ileso e apanhou como nunca, graças à armadura usada pelo seu oponente.
Cena marcante: um chute certeiro de Batman no queixo do Superman mostrou ao vigilante de Gotham City que, sim, o Homem de Aço sangra.
Batman luta contra o Superman
7. Superman contra Shazam. Há muitos motivos para considerar a fantástica minissérie O Reino do Amanhã uma das melhores HQs de toda a história dos quadrinhos. Uma dessas razões é a sensacional sequência de páginas em que Superman e Capitão Marvel (antes de se chamar Shazam) travam um duelo sem precedentes entre super-heróis.
O Homem de Aço apanhou como poucas vezes em sua vida e não conseguia impedir que o mortal mais poderoso da Terra ajudasse os supervilões a deflagrar um Armagedon. Mas, talvez por isso mesmo, o conceito de herói tenha caído tão bem sobre ele.
Cena marcante: Superman quase é fritado pelos sucessivos ataques dos raios que transformam Billy Batson em Shazam.
Superman vs Shazam
6. A revanche contra Apocalypse. O monstro assassino que acabou com a vida do Superman também morreu no confronto contra o Homem de Aço. E, assim como ele, voltou dos mortos como quase todo bom personagem dos quadrinhos que parte desta para melhor. Nada mais justo, então, que houvesse uma revanche.
É certo que o novo encontro entre os dois não foi tão devastador quanto o primeiro, mas valeu pela chance que o herói merecia de ir à forra. Dessa vez, ele usou a inteligência para vencer Apocalypse. Não sem a ajuda de Tempus e da Caixa Materna, é bom que se diga.
Cena marcante: Vestido como um guerreiro kryptoniano, Super-Homem grita “Essa loucura termina hoje!” e desfere um potente soco em Apocalypse. Reforçando a dramaticidade da cena, o desenho foi feito em página dupla.
Superman e a revanche contra Apocalypse
5. O primeiro encontro com o Homem-Aranha. Um sonho que todo leitor de quadrinhos de super-heróis, em todas as gerações, sempre rezou para ver realizado. Em 1976, os dois principais personagens da Marvel e da DC apareceram juntos em uma mesma aventura. Batizado de “A batalha do século”, o evento foi o primeiro crossover de super-heróis entre editoras na história dos quadrinhos.
O roteiro bem amarrado de Gerry Conway e os magistrais desenhos de Ross Andru deram aos fãs uma HQ inesquecível na qual Superman e Homem-Aranha, depois de partirem para a briga devido a um mal-entendido, unem forças contra Lex Luthor e Dr. Octopus.
Cena marcante: Superman desfere um murro contra o rosto do Homem-Aranha, mas detém a tempo de evitar acertá-lo. No entanto, o deslocamento de ar gerado pelo movimento do punho do Homem de Aço joga o herói aracnídeo a quilômetros de distância, fazendo-o atravessar um prédio.
Superman e HomemAranha
4. A reformulação por John Byrne. Depois de Crise nas Infinitas Terras, o Superman passou a ser, de fato, o último filho de Krypton; seu maior inimigo, Lex Luthor, deixou de ser um supervilão high-tech para se tornar um inescrupuloso magnata com sede de poder; e seus poderes quase divinos foram bastante diminuídos.
Essas e outras mudanças transformaram o Homem de Aço em um personagem mais humano e com muitas possibilidades para grandes aventuras. Tudo por obra do genial (e genioso) John Byrne.
Mas, como era de se esperar, tudo mudou de novo com o passar do tempo.
Cena marcante: Depois que o Superman, ainda em trajes civis, salva Lois Lane de um acidente com a nave espacial em que ela se encontrava, a repórter do Planeta Diário dá ao herói o nome pelo qual seria conhecido em todo o mundo.
Superman de John Byrne
3. O casamento. Não foi o primeiro enlace matrimonial de um super-herói. Muito antes disso, Fantasma e Homem-Aranha já haviam subido ao altar. Mas, como se tratava do Superman, o evento ganhou destaque fora dos gibis e foi noticiado pelos veículos de comunicação em muitos países, antes e depois do acontecimento, realizado em 1996.
Os brasileiros só puderam assistir à cerimônia dois anos depois, na edição especial O casamento do Superman (Editora Abril), em que aconteceu de tudo: ação, humor, romance e até o Batman presenteando os noivos com uma casa. Inesquecível para o casal… e para os leitores, também.
Pena que tudo isso foi desfeito depois de mais uma das Crises da DC.
Cena marcante: Os super-heróis patrulhando Metrópolis, a fim de garantir uma lua de mel tranquila para os recém-casados. Página dupla de tirar o fôlego.
Casamento do Superman
2. A morte. “Todos sabiam exatamente onde estavam e o que faziam no momento em que John Kennedy foi assassinado. Hoje é um dia como aquele. Pois hoje é o dia em que o Superman morreu”. Muitos consideram que nunca houve um acontecimento tão emblemático quanto esse nas HQs. O combate épico entre o Homem de Aço e o monstro alienígena Apocalypse foi talvez o mais tenso, equilibrado e devastador de todos os confrontos entre heróis e vilões já mostrado em uma revista em quadrinhos. Mais que isso, o maior super-herói da Terra morreu de uma forma tão dramática quanto poética.
A repercussão do fatídico acontecimento caiu como uma bomba atômica no Universo DC. Jamais se viu tamanha comoção nos gibis. Mas, na vida real, a morte do Superman foi ainda mais significativa. Além das manchetes em jornais, revistas e telejornais em várias partes do mundo, o resultado da tragédia reascendeu a popularidade do último filho de Krypton e aumentou as vendas de seus títulos a um nível que há muito tempo a DC não via.
Cena marcante: Lois Lane segurando o corpo sem vida do Superman; ao fundo, a capa vermelha rasgada e hasteada em um mastro improvisado.
Morte do Superman
1. Surge o Homem do Amanhã. O começo de tudo. Em 1938, quando o Superman estreou na primeira edição de Action Comics, já existiam nos quadrinhos outros heróis fantasiados lutando contra a opressão e a injustiça. Mas nenhum como ele. Ninguém tão poderoso e capaz de tantas proezas quanto aquele personagem que inaugurou o conceito de super-herói.
Apenas um ano depois da estreia, o assim chamado Homem do Amanhã já era um tremendo sucesso, estampando produtos licenciados com sua marca e testemunhando as imitações baratas que começavam a aparecer.
Em sua primeira aventura surgiu a famosa descrição de suas habilidades: mais rápido que uma bala, mais forte que uma locomotiva e capaz de saltar edifícios com um único salto. A partir dali, teve início a saga de um dos nomes mais conhecidos da cultura popular em todo o mundo.
Cena marcante: Na capa de Action Comics # 1, mais do que mil palavras, a imagem já mostrava aos leitores que aquele herói vestido de azul e vermelho era diferente de todos os outros. A cena foi emulada no filme Superman – O retorno (2006).
Graças a esses e a muitos outros acontecimentos, as histórias do Superman têm sido tão dinâmicas quanto fascinantes, mantendo acesa a chama do sucesso mesmo nos momentos mais críticos de sua popularidade.
Sempre para o alto e avante.
Action Comics # 1
Marcus Ramone começou sua primeira coleção de gibis do Superman, desde o primeiro número, somente em 1984, quando a Editora Abril lançou Super-Homem # 1. Esse foi um de seus momentos mais marcantes em quase 40 anos de colecionismo.

Exposição comemora 80 anos do Batman no Memorial da América Latina

Por Samir Naliato
   80 anos do Batman

O Memorial da América Latina (Av. Auro Soares de Moura Andrade, 66, Barra Funda), em São Paulo/SP,  sediará uma exposição especial em homenagem aos 80 anos do Batman.
Batman 80 – A Exposição terá curadoria de Ivan Freitas da Costa, sócio-fundador da CCXP e da Chiaroscuro Studios, que também foi o responsável pela exposição Quadrinhos, no Museu da Imagem e do Som em 2018.
A mostra acontecerá de 5 de setembro a 15 de dezembro de 2019, e é uma comemoração às oito décadas de criação do Cavaleiro das Trevas, celebrada em vários lugares do mundo, e uma das cidades escolhidas para integrar esta programação oficial mundial foi São Paulo. A pré-venda de ingressos, com agendamento de dia e horário para visitação, já começaram no hotsite oficial e inclui pacotes especiais com itens e serviços exclusivos.
Os ingressos custam R$ 35,00 inteira e R$ 17,50 meia (terça a sexta) e R$ 45,00 inteira e R$ 22,50 meia (sábados, domingos e feriados). Entrada gratuita para crianças até quatro anos.
Quem nunca sonhou em atravessar as portas da Mansão Wayne, conhecer a Batcaverna e visitar o Asilo Arkham, o apartamento da Mulher-Gato e o covil do Coringa, numa experiência totalmente imersiva? Agora, os visitantes poderão conhecer os lugares mais famosos de Gotham City e reúne cenografia, acervo com quadrinhos e outros itens raros, além de textos explicativos que contam a evolução e a importância de um dos personagens mais famosos do mundo.
O acervo também inclui itens da coleção de Marcio Escoteiro, maior colecionador de Batman do país e um dos maiores do mundo.
Batman 80 - A Exposição
“Será uma experiência inédita e imperdível para todos os públicos, dos fãs mais aficionados àqueles que buscam um programa divertido para toda a família. É um projeto que está sendo desenvolvido há vários anos e que leva a assinatura de empresas com vasto currículo na realização de grandes eventos e de grandes exposições”, destacou Ivan Freitas da Costa, curador da exposição.
Os visitantes também encontrarão uma loja com produtos oficiais, incluindo itens edição limitada, criados exclusivamente para a exposição. Além disso, haverá uma área de alimentação anexa tematizada para expandir a experiência.
Batman 80 – A Exposição, criada em parceria com a Warner Brasil, é uma realização da Chiaroscuro Studios, maior agência de representação de quadrinistas do mundo e cofundadora da CCXP Comic Con Experience; da Caselúdico, empresa especializada na criação e execução de exposições imersivas, tendo no currículo exposições de grande sucesso como Castelo Rá-Tim-Bum, Tim Burton, Expo Mickey 90 e Quadrinhos; e Spoladore Eventos, que atua na produção da CCXP Comic Con Experience, Expo CIEE (maior evento estudantil da América Latina), Festival Unhide (um dos maiores festivais de Digital Art do mundo), Olimpíadas Rio 2016, entre outros eventos pelo Brasil. E o Memorial da América Latina, que já recebeu diversas exposições de enorme sucesso de público e que comemora 30 anos em 2019, foi o local escolhido.
Batman 80 - A Exposição

10 razões por que A Morte de Gwen Stacy é a história mais importante do Homem-Aranha

Por Sérgio Codespoti

 
     A Morte de Gwen Stacy é a história mais importante do Homem-Aranha 

Gwen Stacy surgiu em 1965, na revista Amazing Spider-Man # 31, numa história de Stan Lee e Steve Ditko. Ela se tornou uma das principais personagens durante os anos clássicos das aventuras do aracnídeo.
A namorada de Peter Parker morreu de maneira assombrosa para a época, numa batalha entre o Homem-Aranha e o Duende Verde, que entrou para a história dos quadrinhos. A aventura foi publicada em 1973, em duas partes, nas edições # 121 e # 122 de Amazing Spider-Man.
Os roteiros de A Noite em que Gwen Stacy Morreu (The Night that Gwen Stacy Died) e de sua conclusão (The Goblin Last Stand) são de Gerry Conway. Os desenhos são de Gil Kane, com arte-final de John Romita. O editor da revista era Roy Thomas.
Abaixo, você confere as dez razões que fazem desta emblemática HQ a melhor de todos os tempos do Homem-Aranha.
Primeira aparição de Gwen Stacy
1) Fim da Inocência
A Morte de Gwen Stacy ganhou uma importância histórica pela maneira que chocou os leitores e cristalizou vários elementos de uma tendência mais sombria nos quadrinhos de super-heróis.
Nunca antes um super-herói de peso como o Homem-Aranha havia falhado de maneira tão catastrófica quanto nesta saga.
De modo geral, os uniformizados, desde seu surgimento no final da década de 30, representavam o triunfo do bem contra o mal; a garantia da vitória. Esta condição é considerada por muitos como uma das razões do apelo desses personagens junto ao público jovem.
No início da década de 1970, os quadrinhos estavam mudando, desafiando o Comics Code Authority, com histórias mais próximas da realidade, mostrando, entre outras coisas, o envolvimento de garotos com drogas (Ricardito – Roy Harper, hoje conhecido com Arsenal, em Lanterna Verde; e Harry Osborn, em Amazing Spider-Man são os exemplos mais famosos).
A Morte de Gwen Stacy coloca um ponto final na eterna vitória do bem contra o mal, e mostra que, apesar dos heróis, nem sempre os inocentes sobrevivem.
Muitos pesquisadores americanos consideram esta história como o final da Era de Prata, e o início da chamada Era de Bronze.
A Morte de Gwen Stacy Página de The Amazing Spider-Man # 122
2) Razões Editoriais
As causas editoriais da Morte de Gwen Stacy foram explicadas em Amazing Spider-Man # 125, em resposta às inúmeras cartas recebidas pela redação.
Segundo o editorial, o escritor Gerry Conway, ao ler os números recentes (na época) do Homem-Aranha, chegou à conclusão de que o relacionamento entre Gwen Stacy e Peter Parker estava em ponto morto, e que o único caminho interessante a seguir seria o casamento. Mas essa idéia parecia inapropriada para o Homem-Aranha. Afinal, ele ainda era um estudante colegial.
Num debate entre os editores e a equipe criativa (o texto menciona diretamente Roy Thomas, Stan Lee e Gerry Conway, mas alguns relatos excluem a participação direta de Lee) ficou decidido que Gwen deveria morrer.
John Romita, numa entrevista recente, explicou que a idéia de matar um personagem da revista foi “emprestada” da tira Terry e os Piratas, de Milton Caniff, na qual ocasionalmente morria uma das namoradas de Pat Ryan. Na época, Romita era editor de arte da Marvel e responsável pelo visual de inúmeros personagens, como, por exemplo, Wolverine e o Justiceiro.
O curioso é que existem versões em que a equipe criativa queria matar um personagem, e Tia May e Robbie Robertson estavam entre os candidatos, mas opção acabou sendo por Gwen. Aliás, a ameaça de morte da Tia May é uma das tramas mais comuns na vida do herói.
Gwen Stacy estreou numa história em que May Parker estava no hospital lutando pela vida; e este apelo continua em vigor até hoje, pois na fase atual do aracnídeo (antecedendo os eventos da saga One More Day), a tia dele está mais uma vez às portas da morte.
Posteriormente, foi revelado que, entre as razões citadas para matar Gwen Stacy, além de criar um momento forte na série, estava o envelhecimento do personagem. Peter Parker casado pareceria mais velho, e poderia ficar fora de sincronia com sua base de leitores, ainda jovens.
Atualmente, este argumento e com outro sobre as possibilidades dramáticas de introduzir outros amores na vida de Peter Parker (sem que ele seja considerado adúltero, bígamo ou sacana), são razões citadas para separá-lo, de alguma forma, de Mary Jane.
Editorial de The Amazing Spider-Man # 125, sobre a morte de Gwen Stacy One More Day
3) O maior vilão
O Homem-Aranha já enfrentou um grande número de vilões e o Duende Verde sempre foi um dos seus mais importantes inimigos, juntamente com o Dr. Octopus.
O Duende surgiu em Amazing Spider-Man # 14, em 1964, numa história de Stan Lee e Steve Ditko e, no início, sua identidade era um segredo – o assunto foi explorado em boas tramas.
A trajetória do Duende Verde e sua relação com o Homem-Aranha e Peter Parker podem ser consideradas um exemplo clássico do gênero.
Ao longo de uma década, o Duende Verde e o Homem-Aranha se enfrentam, um sem saber a identidade do outro. Eventualmente, o vilão descobre que Peter Parker é o Homem-Aranha, armando o cenário inicial para a catástrofe que viria mais tarde.
Com a identidade secreta de Parker exposta para um de seus maiores inimigos, o que impediria o Duende Verde de revelar o segredo ao grande público ou realizar sua vingança contra a família do rapaz? A solução do problema rendeu um ótimo confronto entre ambos, no qual Norman Osborn revela a Peter Parker – capturado e desmascarado – que é o Duende Verde.
A trama se complica junto com o relacionamento desses personagens. Norman é pai de Harry Osborn, um dos melhores amigos de Parker, com quem ele divide um apartamento.
No final, Osborn perde a memória e esquece temporariamente sua identidade criminosa. Mas a possibilidade de que um dia ele se recorde é um fantasma que ronda Peter Parker.
Tudo isso é pano de fundo para o dia fatídico, quando Osborn redescobre seu passado e usa Gwen Stacy como isca para destruir o Homem-Aranha.
A Morte de Gwen Stacy é surpreendente e não podia ficar impune. Osborn morre vítima de sua própria traição, num momento em que tenta matar Parker pelas costas com seu planador, empalado por uma de suas invenções.
A ascensão e queda do Duende Verde, explorada em diversos encontros num período de quase uma década, roubou da Marvel de um dos mais importantes vilões da carreira do Homem-Aranha.
Durante anos, a “Casa das Idéias” tentou substituir o personagem (que ao matar a namorada do herói alcançou o posto máximo da vilania) com outros Duendes Verdes (Harry Osborn, Dr. Bart Hamilton e Phil Urich); Duendes Macabros (Roderick Kingsley, Ned Leeds e outros) e até mesmo Halloween (Jack O’Lantern).
Norman Osborn e o Duende Verde foram ressuscitados retroativamente, numa aventura controversa, durante a reformulação do Homem-Aranha, no final da Saga do Clone.
A revisão mudou muito da história de Peter, Gwen e Norman, alterando motivações e o relacionamento entre eles, e transformou o Duende Verde numa espécie de eminência parda do submundo, controlando o crime das sombras, por trás das cortinas.
Esta não foi a última vez que Osborn, numa ação retroativa de editores e escritores, teve seu passado e sua relação com Peter Parker e Gwen Stacy modificados (veja o item 5).
The Amazing Spider-Man # 14, com a primeira aparição do Duende Verde The Amazing Spider-Man # 39
4) O Casamento do Homem-Aranha
Com a Morte de Gwen Stacy, o caminho de Mary Jane Watson, sobrinha da vizinha de Tia May, fica livre; e a relação entre ela e Peter Parker se intensifica.
Gwen e Mary Jane formaram vários triângulos amorosos na juventude de Parker, num grupo que incluía, além dos três personagens citados, Flash Thompson, Harry Osborn e Liz Allen.
Mary, eterna rival de Gwen, apareceu pela primeira vez em The Amazing Spider-Man # 42, em 1966, pelas mãos de Stan Lee e John Romita. Anteriormente, a personagem já havia sido mencionada e até feito uma aparição com seu rosto totalmente obscurecido, mas que surpreendeu Liz Allen e Betty Brant por sua beleza.
O relacionamento de Peter e Mary Jane foi interrompido diversas vezes e os dois acabaram se casando em 1987, em Amazing Spider-Man (Vol. 1) Annual # 21 (no Brasil, Homem-Aranha # 100, da Abril).
O casamento de Peter e Mary foi resultado de uma disputa entre Stan Lee e Jim Shooter. Afastado do trabalho nas revistas da Marvel, Lee cuidava de outras áreas da editora e escrevia as tiras do aracnídeo para os jornais, cujo interesse estava em baixa. Por isso, ele decidiu casar o personagem.
Avisado do que iria ocorrer, Jim Shooter, editor-chefe da Marvel em 1987, decide que o herói não poderia se casar nas tiras antes de o mesmo acontecer nas revistas mensais. Então, organiza a cerimônia.
O casório foi realizado com grande pompa. O vestido de Mary Jane na capa de Amazing Spider-Man foi desenhado por Will Smith (nenhuma relação com o ator de mesmo nome) e a editora chegou a distribuir convites de casamento para a imprensa.
Primeira aparição da Mary Jane
A cerimônia foi encenada por atores no campo do Shea Stadium (que mais tarde seria palco da batalha entre o Homem-Aranha, seu clone e o Chacal), com a presença de Stan Lee.
Para muitos, isso envelheceu Peter Parker e confronta uma análise de Umberto Eco, publicada em seu famoso ensaio sobre os heróis, O Mito de Superman, na qual afirma que uma das principais características desses personagens é o seu perfil icônico imutável, a ausência de evolução e o teor cíclico de suas aventuras.
O casamento do Homem-Aranha sempre foi visto por muita gente, inclusive escritores e editores que trabalharam na revista, como um impedimento para o personagem, por razões similares às que resultaram na Morte de Gwen Stacy (vide item 2).
Depois de 20 anos, existe hoje uma enorme quantidade de fãs que nunca leram uma história do Homem-Aranha solteiro.
As tentativas editoriais de afastar, ou até matar, Mary Jane nunca foram bem-sucedidas junto ao público.
Nos últimos anos, Joe Quesada, atual editor-chefe a “Casa das Idéias”, vem promovendo a separação dos personagens de maneira mais definitiva (segundo ele, pior que o Homem-Aranha casado seria o aracnídeo divorciado). Este rompimento do status quo poderá acontecer na saga One More Day, que será lançada em breve nos Estados Unidos.
O casamento do Homem-Aranha Vestido de noiva da Mary Jane, por Will Smith
5) O Chacal e as Sagas dos Clones
Nenhuma outra história do Homem-Aranha teve um impacto tão grande e causou tantas conseqüências às suas aventuras quanto a Morte de Gwen Stacy; e a Saga do Clone é uma comprovação disso.
O professor Miles Warren surgiu junto com Gwen Stacy, em Amazing Spider-Man # 31 e desde então ficou obcecado por ela. Após a morte da jovem, Warren assume a identidade do vilão Chacal (Amazing Spider-Man # 129) e inicia a Saga do Chacal (hoje também conhecida como a Saga do Clone Original), que além de mostrar um clone de Peter Parker e outro de Gwen Stacy, introduziu o Justiceiro, inicialmente como um vilão (ver item 6).
Warren, que antes de se tornar professor colegial era um geneticista associado ao Alto Evolucionário (fato estabelecido numa revisão posterior), culpa o Homem-Aranha pela morte de Gwen. Como o Chacal, ele se une a inúmeros vilões (Escorpião, Cabeça-de-Martelo, Tarântula etc.) para destruir a vida do amigão da vizinhança.
No final da história original, antes das revisões, Miles Warren morre desativando uma bomba depois de ser confrontado pelo clone de Gwen por seus crimes. O clone do Homem-Aranha, aparentemente morto, é jogado na chaminé de uma usina de incineração de lixo, para ser destruído. Peter obtém uma confirmação do Dr. Curt Connors de que ele é o verdadeiro e quem morreu foi a “cópia”.
Anos mais tarde, o clone voltou – ele escapou vivo da chaminé e assumiu a identidade de Ben (emprestado do Tio Ben) Reilly (o nome de solteira de Tia May). Curiosamente, apesar do atestado de Connors, o Chacal consegue convencer Peter Parker e Ben Reilly, de que o primeiro é o clone, e Bem, o verdadeiro Homem-Aranha.
Primeiro clone de Gwen Stacy
A história do Chacal é, possivelmente, uma das mais revisitadas e abusadas, e resultou, 20 anos depois, na Saga do Clone, que permeou todas as revistas do Homem-Aranha por mais de dois anos, e resultou no retorno de Norman Osborn, no uso de clones como Ben Reilly e Kane e na reformulação do Homem-Aranha.
Entre os vários clones resultantes vale citar: um de Miles Warren, com o nome de Warren Miles, que se casou com um clone de Gwen Stacy; Miles Warren, o verdadeiro, que usa outro experimento para se transformar num Chacal mais poderoso; Ben Reilly, clone do Homem-Aranha aparentemente morto emAmazing Spider-Man # 149, que acaba assumindo a identidade de Aranha Escarlate; Kaine, um clone deformado de Peter Parker; e o Carniça (Carrion), outro dos clones deformados de Miles Warren.
Numa das muitas vezes que a Marvel revisitou a Morte de Gwen Stacy, o Chacal morreu ao cair de um edifício, tentando salvar o clone da jovem, que acabou sendo resgatada, finalmente, pelo Homem-Aranha.
Saga do Clone, do final da década de 1990, permanece até hoje, com um dos pontos mais baixos e controversos das aventuras do Homem-Aranha. Sobre o assunto, escritor Howard Mackie revelou que originalmente o plano era a história durar apenas quatro meses, mas, graças às intervenções do departamento de marketing e de vendas, o enredo foi esticado e se prolongou, enquanto a Marvel trocava de editores (e abria falência), sem que ninguém soubesse o que fazer para terminar a trama.
Para piorar a situação de Gwen Stacy, a história foi revisitada mais uma vez, em 2004, por Michael Straczynski e Samm Barnes, nos arcos Sins Pasts e Sins Remembered (Pecados Pretéritos no Brasil).
Nesta nova visita ao passado, Gwen, a original, dorme com Norman Osborn, fica grávida e dá à luz, durante uma viagem à Europa, duas crianças: Gabriel e Sarah.
Depois desta revelação, a Morte de Gwen Stacy assume outra conotação: Norman Osborn, o Duende Verde, queria matar Gwen para ficar com seus filhos. Ela se opunha à maneira como Norman tratava seu filho Harry e queria criá-los com Parker.
Com a morte de Gwen, e a ressurreição secreta de Osborn (graças à intervenção retroativa de escritores na cronologia), o vilão cria as crianças em segredo, longe de Peter.
As duas crianças crescem anormalmente, devido às mudanças genéticas no sangue de Osborn e, graças aos ensinamentos distorcidos de seu pai, querem destruir o Aranha. Peter consegue convencer Sarah, mas não Gabriel, que assume a identidade do Duende Cinza. Mais um Duende para a coleção de inimigos do aracnídeo.
Straczynski explicou que desejava que os filhos fossem de Peter Parker, mas sua idéia foi vetada e a equipe editorial, junto com os escritores, decidiu a paternidade em favor de Osborn.
A história traz sérias complicações para uma cronologia já bastante difícil; e alguns problemas e contradições, entre eles a idéia de que Osborn possuía apenas um herdeiro (Harry) e o período de tempo que Gwen Stacy ficou na Europa.
The Amazing Spider-Man # 149 The Amazing Spider-Man # 404
6) Surge o Justiceiro
O Justiceiro, hoje bastante popular, surgiu como um vilão das aventuras do Homem-Aranha, em The Amazing Spider-Man # 129, publicada em 1974 e cuja história pertence à Saga do Chacal.
O personagem foi criado por Gerry Conway, John Romita e Ross Andru, e sua primeira aparição é resultado, mesmo que indireto, da Morte de Gwen Stacy. Ele é mostrado como um vilão manipulado pelo Chacal (veja o item 5) buscando vingança contra o Homem-Aranha.
Ele representa um rompimento direto com o tipo de super-herói publicado até então, mas seriam necessários quase 12 anos antes que o personagem viesse a atingir o sucesso.
Frank Castle, um veterano do Vietnã que caça criminosos em Nova York, é um personagem típico da década de 1970, e bastante representativo do período que seguinte à Era de Prata.
Mack Bolan, o executor, personagem literário de Don Pendleton foi a influência direta na criação do Justiceiro. Bolan surgiu no livro Guerra contra a Máfia, em 1969. Assim como Castle, ele é veterano do Vietnã e voltou para a América apenas para encontrar a tragédia: a morte de sua família nas mãos da máfia. O resto os leitores já sabem…
Pendleton escreveu 39 livros com Bolan, antes de vender os direitos para a editora Golden Eagle, que já publicou mais de 600 aventuras (algumas delas lançadas no Brasil na década de 1980) com este personagem.
Em 1974, mesmo ano em que surgiu o Justiceiro, o filme Death Wish (Desejo de Matar), com Charles Bronson interpretando um homem que busca vingar a morte de sua família (baseado no livro de Brian Garfield, publicado em 1972), foi um grande sucesso comercial. Este exemplo sugere a relevância de personagens como Justiceiro na cultura popular da época.
O Justiceiro teve inúmeras aventuras como coadjuvante, ou vilão, nas revistas do Homem-Aranha e do Demolidor, e aos poucos sua imagem de anti-herói foi construída. Até que, na década de 1980, ele estreou sua própria minissérie e finalmente ganhou diversos títulos.
The Amazing Spider-Man # 129 The Executioner, por Don Pendleton
7) Mea Culpa
“Com grandes poderes vêm grandes responsabilidades” é uma das frases mais citadas nas revistas do aracnídeo e um dos pontos centrais da caracterização do personagem: a culpa.
O Homem-Aranha é um dos personagens que mais sente o peso de seus poderes. Sente culpa pela morte de seu tio, Ben Parker, pois poderia ter impedido esse fato quando descobriu suas habilidades, antes de se tornar o herói. O evento foi o catalisador da escolha de Peter.
Gwen Stacy culpou o Homem-Aranha indiretamente pela morte de seu pai, o capitão Stacy (que ocorreu acidentalmente durante uma batalha com o Dr. Octopus) e complicou bastante a relação entre ela e Peter, por razões óbvias.
E, para finalizar, é claro, o aracnídeo sente muita culpa pela morte de Gwen Stacy.
A Morte de Gwen foi um divisor de águas na vida de Peter Parker, que até hoje funciona como uma ferida emocional, como foi visto recentemente em Dinastia M.
The Amazing Spider-Man # 90 Gwen Stacy
8) Controvérsia
Qual a causa da morte de Gwen Stacy? Foi o ataque do Duende Verde que a jogou para fora da ponte? Teria sido o medo durante a queda? Ou foi a parada brusca causada pela ação do Homem-Aranha?
Essas perguntas inundaram a redação em cartas e telefonemas, e até hoje são motivo de debate entre os fãs mais radicais.
O assunto foi esclarecido num editorial publicado em Amazing Spider-Man # 125, no qual os editores explicam as diversas razões pela decisão de matar Gwen Stacy (veja item 2) e também esclarecem as causas de sua morte, implicando diretamente a ação do Homem-Aranha.
A versão oficial é que Gwen morreu devido à parada brusca causada pela teia do Homem-Aranha, na tentativa de salvá-la da morte certa. Ou seja, não havia nada que o herói pudesse fazer para salvar sua amada.
Curiosamente, a Marvel tentou suprimir, em algumas reedições posteriores, no final dos anos 80 e início da década de 1990, a onomatopéia snap, que sugere que Gwen Stacy quebrou o pescoço quando a teia do Aranha interrompe bruscamente a sua queda. As versões mais recentes da história incluem a onomatopéia.
Uma outra curiosidade está na ponte da qual Gwen despenca. Gil Kane desenhou a Brooklyn Bridge, mas, segundo o texto da história, ela morre ao cair da ponte George Washington. Existem algumas reedições na qual os recordatórios foram modificados para ponte Brooklyn.
The Amazing Spider-Man # 121 The Amazing Spider-Man # 122
9) Acidente revisitado
Gwen Stacy caindo da ponte George Washington é uma das cenas mais revisitadas dos quadrinhos norte-americanos, juntamente com o assassinato dos pais de Bruce Wayne, o Batman.
A primeira delas acontece na própria história, quando o Duende Verde tenta matar o Homem-Aranha, jogando-o para fora da ponte, como fez com Gwen, mas Peter se salva, obviamente.
Outra versão clássica foi mostrada em What If… # 24 (O Que Aconteceria se o Homem-Aranha salvasse Gwen Stacy?), na qual Gwen é salva pelo Homem-Aranha, que salta para agarrar a moça e usa seu corpo para amortecer o impacto na água. Em Web of Spider-Man # 125, o Duende Verde (Phil Urich, na quarta encarnação do personagem) joga o clone de Gwen Stacy da ponte George Washington, mas o Aranha a salva.
Amazing Spider-Man # 514 repete a tragédia da mãe, com a filha. Desta vez é Sarah, a filha de Gwen Stacy com Norman Osborn que cai da ponte George Washington, depois de tomar um tiro da policia, e mais uma vez o Homem-Aranha, já bastante escolado na técnica de salvar pessoas caindo de grandes altitudes, faz o serviço de praxe.
No filme Homem-Aranha, de 2002, como Gwen já estava morta nos quadrinhos havia quase 20 anos, quem toma o lugar da garota é Mary Jane (interpretada por Kirsten Dunst). E ela tem melhor sorte, pois não morre ao ser jogada da ponte de Queensboro, pelo Duende Verde (William Dafoe). Peter (Tobey Maguire) só encontra Gwen (interpretada por Bryce Dallas Howard, atriz filha do diretor Ron Howard) na sua terceira aventura nos cinemas.
Além destas, existem outras versões é até algumas paródias.
The Amazing Spider-Man # 144 O Que Aconteceria se o Homem-Aranha salvasse Gwen Stacy?
10) Morta, pelo menos por enquanto…
Apesar de tudo o que fizeram com a personagem, Gwen Stacy, a verdadeira, continua morta. Algo raro nos quadrinhos norte-americanos hoje. Ela e o Flash (Barry Allen), da DC Comics, são dois exceções à regra.
Entre os personagens ressuscitados estão a Fênix, o Justiceiro, o Capitão América (quando foi resgatado do gelo e efetivamente relançado na década de 1960), Bucky Barnes (o Soldado Invernal), Elektra, Capitão Marvel, Adam Warlock, entre outros.
O próprio Capitão América, mencionado acima como um “ressuscitado” morreu recentemente e poderá (ou deverá?) voltar algum dia.
DC Comics segue a mesma tradição da Marvel. Entre mortos e ressuscitados destacam-se: Superman, Supergirl, Arqueiro Verde, Donna Troy, Flash (Wally West), Hal Jordan (Lanterna Verde) e Jason Todd.
Independentemente do revisionismo, A Morte de Gwen Stacy continuará sendo um marco na carreira do Homem-Aranha, sem perder a importância histórica dentro do gênero.
Sérgio Codespoti desde pequeno é fã do Homem-Aranha. Quando se mudou para Luxemburgo, foi com muito custo que sua esposa o convenceu a deixar no Brasil dois estranhos artefatos que eram acoplados aos punhos e tinham um disparador na região da palma da mão…

 

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